domingo, 3 de agosto de 2008

O que é espiritismo

Espiritismo não é igreja

Em princípio corrijam a conceituação inicial, porque o Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto.

O movimento espírita não é constituído por pessoas perfeitas e, entre os seus adeptos, há pessoas que se empolgaram, estudaram pouco, o entenderam como igreja, fundaram um centro, já que existe liberdade para tal (o que não acontece no meio católico, já que ninguém pode fundar uma igreja a seu bel prazer) e fazem em "seu" centro espírita o que bem entendem, nem sempre em fidelidade total com a Doutrina. Exigem que pessoas se vistam de branco, entre várias coisas, e o limitam simplesmente a casas de rezações.

Não existe "Kardecismo", existe "Espiritismo"

O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão "kardecismo", para identificar algo que ele imagina ser uma "ramificação" do Espiritismo, achando que Espiritismo é um "montão de coisas" que existe por aí, quando na realidade não é.

A palavra "Espiritismo" foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e não dele, e que tem os seus postulados próprios.

Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação "Espiritismo", fora desta que se enquadra nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de "kardecismo", verdadeiramente se chama "Espiritismo".

Não existe "Espiritismo Kardecista", "Alto Espiritismo", "Baixo Espiritismo", "Espiritismo de Elite", "Espiritismo Mesa Branca", "Espiritismo de sétimo dia", "Espiritismo Afro"... nada disto, só existe um.

Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas são Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável.

Veja quem adota e quem não adota o quê.



Procedimento, prática ou ritual

Umbanda

Catolicismo

Espiritismo

1

Uso de altares

Sim

Sim

Não

2

Uso de imagens

Sim

Sim

Não

3

Uso de velas

Sim

Sim

Não

4

Uso de incensos e defumações

Sim

Sim

Não

5

Vestimentas e paramentos especiais

Sim

Sim

Não

6

Obrigações aos seus praticantes

Sim

Sim

Não

7

Proibições aos seus praticantes

Sim

Sim

Não

8

Ajoelhar-se, sentar-se e levantar-se em seus cultos

Sim

Sim

Não

9

Bebidas alcoólicas em seus cultos

Sim

Sim

Não

10

Sacerdócio organizado

Sim

Sim

Não

11

Sacramentos

Sim

Sim

Não

12

Casamento religioso

Sim

Sim

Não

13

Batizados

Sim

Sim

Não

14

Hinos e cantarolas nos cultos

Sim

Sim

Não

15

Crença na existência de Satanás ou Exús

Sim

Sim

Não

16

Admite dogmas

Sim

Sim

Não

17

Rituais e cerimoniais

Sim

Sim

Não

18

Amuletos, patuás, escapulários e penduricalhos

Sim

Sim

Não


Como pode, então, um profissional que tem a obrigação de estar bem informado, poder afirmar que Espiritismo e Umbanda são a mesma coisa? Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o Catolicismo, embora não sejam também a mesma coisa?

O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo, apenas quer deixar claro que Espiritismo é Espiritismo e Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo, Protestantismo é Protestantismo.

A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa, com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal "Kardecismo" se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana, desonesta e irresponsável. O Espiritismo não faz qualquer discriminação de raças, cor ou padrão social, já que em seu movimento existem inúmeros negros, mulatos, brancos e pessoas de todas as etnias.

E tem outra informação: Na Umbanda, que também é respeitável, ao contrário do que muitos imaginam, existem inúmeras pessoas da classe chamada elite, e como existe.

Allan Kardec não inventou o Espiritismo

Allan Kardec não inventou, ou criou, Espiritismo nenhum. A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas, consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha a ver com aquilo, foi convidado por alguns amigos para examinar e analisar os tais fenômenos, em suas casas, oportunidade em que foi convidado, pelos Espíritos, pela sua condição de pedagogo e educador criterioso, a organizar aqueles ensinamentos em livros e disponibilizar para a humanidade.

Como Professor Denizard Rivai, não era um professorzinho qualquer, era um Mestre com profundos conhecimentos em Matemática, Física, Química, Biologia, Astronomia, possuidor de vasta Cultura Geral, tendo inclusive feito todos os cursos de Medicina da época, em que pese não ter se formado médico. Famoso na Europa da época, como um dos mais notáveis autores de livros didáticos.

Ele foi tão honesto e consciente de que a obra espírita não era de sua autoria, que evitou colocar o seu nome famoso (Denizard Rivail) como autor dos livros e preferiu utilizar-se de um pseudônimo. É bom que se saiba que tudo o que aparecia com seu nome, vendia muito, não apenas na França como em toda a Europa. Ele queria que a obra se vendesse pelo seu conteúdo e não pelo nome famoso de quem o assinava.

Atentem para o detalhe: Os Espíritos optaram por um pedagogo, um professor, e não por um padre, um religioso, o que nos convida a entender que o Espiritismo é escola e não igreja.

Sobre a reencarnação

Não é patrimônio exclusivo do Espiritismo e não foi inventada pelo Espiritismo, posto que é algo conhecido pela maior parte da humanidade, por milênios, muito antes do Espiritismo, que tem apenas 151 anos de idade. (Estamos em 2008 e o Espiritismo data de 1857).

O espírita, depois de estudar a reencarnação, não crê na reencarnação, ele passa a SABER a reencarnação, o que é diferente. Exemplificando: Você crê que a Lua existe ou você sabe que ela existe? Afinal, você pode vê-la e comprovar, inclusive cientificamente. É isto aí.

Portanto a afirmativa de que os espíritas crêem na reencarnação é infantil e sem sentido.

Crença no sobrenatural

Espírita não crê em nada sobrenatural, tudo que ele crê é absolutamente natural. Pode ser sobrenatural para quem não conhece, por nunca ter estudado aquilo que ele estuda. Quando o velho bandeirante colocou fogo em álcool, conforme conta a História do Brasil, os índios achavam aquilo sobrenatural, porque não conheciam o álcool. Quem nunca viu um controle remoto, talvez ache sobrenatural alguém ligar e desligar um televisor com ele, sem ver fio nenhum.

Sobre a mediunidade

Também não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo. É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa, já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade, acredite ou não. O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as pessoas que a possuem, para que o seu uso seja benéfico para elas e para os outros, absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade. Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca, e deve ser utilizada gratuitamente. Todavia é praticada comercialmente em alguns lugares do mundo, profissionalmente, por pessoas que são médiuns, inclusive honestas, mas nada sabem sobre Espiritismo, numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita.

Qualquer afirmativa do tipo que "alguém tem mediunidade e precisa desenvolver" é vinda de pessoas inconseqüentes, mesmo algumas que se auto rotulam espíritas, posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deva ser educada e não simplesmente desenvolvida.

Sobre o caráter do centro espírita

É um local que deve atuar como escola e não como igreja. A sua proposta é de estudos, sobretudo da matéria que trata da reforma íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na terra, da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo, esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e, principalmente, a nossa conduta moral.

Recomenda a prática da Caridade, sim, mas de forma ampla no sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações dos conflitos, das amarguras, das incompreensões e do sofrimento em si e não esse entendimento estreito de que Caridade se resume apenas a dar prato de sopa ou roupas usadas para pobres, para qualificar o doador como bonzinho.

Por exemplo: Prestar orientações a mulheres, mesmo ricas, para que elas se conscientizem para deixarem de ser chantagistas, neuróticas e agressivas para com seus entes mais próximos e com as outras pessoas, e mostrar a homens machistas que não devem se portar como animais em relação às suas esposas e aos seus filhos, na maioria das vezes é muito mais Caridade do que dar um prato de sopa a um mendigo que, seis horas depois estará com a mesma fome.

O Espiritismo adota Jesus, sim, inclusive como o maior modelo e guia que temos para seguir, concebendo o seu Evangelho como a bula coerente a nos conduzir, e não como sendo ele o próprio Deus.

Enfim. O centro espírita é um local de estudo e não de rezação.

Espíritas não andam consultando mortos

Muitos dos jornalistas escrevem o que imaginam, afirmando que os espíritas vivem se reunindo em volta de uma mesa... branca... e consultando "mortos", o que não é verdade. Espírita nenhum anda consultando mortos, porque essa expressão "consulta" não faz parte da prática espírita. Nos momentos em que há reuniões mediúnicas, os espíritos que estão na condição de desencarnados são tratados da mesma forma que qualquer um ali encarnado, sem que sejam considerados criaturas especiais, santas, possuidoras de altos conhecimentos ou superiores a quem quer que seja, a ponto dos participantes da reunião os consultarem para alguma coisa.

Espíritos não dão ordens e nem determinam nada

Imaginam, também, que os espíritas se relacionam com espíritos, como se eles fossem santos ou deuses, que dizem, está dito e tem que ser obedecidos, sem questionamentos. Não existe nada disto. Em princípio espírito nenhum se atreve a dar ordens e nem impor coisa alguma, em reunião espírita, porque sabem que, se isto acontecer, certamente serão chamados àtenção, assim como qualquer pessoa presunçosa que se acha no direito de dar ordens para os outros. Os espíritos que são considerados de elevado nível quando se manifestam sobre algum assunto, geralmente, por terem educação, colocam as suas argumentações em nível de sugestões, para que as pessoas analisem, examinem e avaliem sob todos os critérios de bom senso as suas opiniões, ficando livres para acatarem ou não.

Caso algum espírito, utilize-se do nome que quiser para se identificar, até mesmo do de Jesus, mas venha a dizer alguma bobagem, vai receber o mesmo tipo de reação que receberia qualquer encarnado quando diz besteiras, do tipo "vá cantar em outra freguesia".

Doutores Fritz e operações espirituais

Toda vez que fenômenos desse tipo surgem em algum lugar, sempre a imprensa os vincula com o Espiritismo. Não tem sentido, posto que a mediunidade, conforme foi dito, não é patrimônio exclusivo do Espiritismo, uma vez que espíritos quando querem agir, para fazerem o mal e, também, praticarem o bem, não escolhem pessoas por religião. Eles falam em igrejas protestantes, onde são tratados como demônios ou espíritos santos, aparecem para católicos onde, quando são bons, geralmente são entendidos como sendo a "virgem" Maria. Eles aparecem em reuniões muçulmanas, budistas e até para ateus.

Saibam que no Espiritismo há, também, operações espirituais, inclusive cirurgias, porém sem necessidade de cortar ninguém com instrumentos materiais e muito menos atuar em confronto com o Conselho Regional de Medicina. Se os espíritos, que se apresentam como Doutores Fritz, optam por cortar pessoas, utilizarem-se de facas sem esterilização e até mesmo cuspirem na faca ou passá-la na sola do sapato, isto é deliberação deles, dentro do seu livre arbítrio, mas o Espiritismo não tem nada a ver com isto. Cortam as pessoas sem que elas sintam dores, sim, fazem cortes profundos sem hemorragias, sim, e até curam, comprovadamente, mas são práticas apenas mediúnicas, não necessariamente espíritas.

Sobre quem é reencarnação de quem

Recentemente vimos um jornalista afirmar, nas páginas da VEJA, que os espíritas juram que Fulano é reencarnação de Ciclano, o que se constitui em um absurdo. Em princípio espírita não adota jura nenhuma. Segundo, que não consta da atividade espírita a preocupação de quem é reencarnação de quem, uma vez que esta discussão é irrelevante, não tem razão nenhuma, não acrescenta absolutamente nada na proposta espírita para a criatura humana, em que pese alguns espíritas, apenas alguns, (nem todos entendem bem a proposta da doutrina) se ocuparem com esse tipo de discussão.

Falar em quem é ou talvez possa ser reencarnação de quem, é conversa amena de momentos de descontração de espíritas, apenas em nível de curiosidade ou especulação, jamais tema de estudo sério da casa espírita.

Ainda que possa existir, em alguns locais de estudos mais profundos e pesquisas espíritas, interesses em trabalhar as questões da reencarnação, os estudiosos apenas sugerem que fulano possa ser a reencarnação de alguém, mas nunca afirmam, apesar de evidências marcantes e inquestionáveis, quando a condução da pesquisa é séria e criteriosa.

Quem anda dizendo que é a reencarnação de reis, de rainhas e de personagens poderosas do passado não são os espíritas, são apenas alguns bobos que estão no Espiritismo sem consciência do seu papel.

Apologia ao sofrimento

Matérias de revistas e jornais, dentro deste equívoco que nos referimos, chegaram a afirmar, diversas vezes, que o Espiritismo ensina as pessoas a serem acomodadas em relação ao sofrimento e até chegarem a dizer que o sofrimento é bom.

Não condiz com o coerente ensinamento do Espiritismo. Se algum espírita chega a dizer isto, certamente é vítima do masoquismo e, provavelmente, deve praticar um ritual em sua casa, quando, talvez uma vez por semana, colocar a mão sobre uma mesa e dar uma martelada em seu dedo.

Sofrimento não é condição fundamental para a evolução de ninguém, embora entendemos que, ao passar por ele, muitas pessoas terminam acordando para a realidade da vida e mudando de conduta, sobretudo no campo do orgulho, do egoísmo e da presunção.

Mesa branca

Não existe "Espiritismo Mesa Branca", "Alto Espiritismo", "Baixo Espiritismo" ou qualquer ramificação do Espiritismo, que é um só. O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca, na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de alguns espíritas, de certa forma até equivocados também, uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das pessoas tem algum significado virtuoso, quando na verdade não existe esta orientação no Espiritismo. Muito pelo contrário, seria preferível utilizar toalhas (por que tem sempre que ter toalhas nas mesas?) de outras cores, posto que tecidos em cor branca tem maior facilidade de sujar.

Portanto a citação de "espiritismo mesa branca" é mais uma expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas, sobretudo em profissionais de imprensa respeitável.

Terapia de vidas passadas

Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita.

Cromoterapia, piramidologia etc...

Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.

Sucessor de Chico Xavier

Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier "morreu", e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do Espiritismo (que vêem apenas como religião) com a Igreja Católica, que tem sucessores dos papas, quando morrem. Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita.

Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor do Chico, nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto, que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo.

A Igreja Católica condena o Espiritismo

Conversa fiada. Apenas um segmento da Igreja Católica condena, já que historicamente se acha no direito de exercer condenações. Condenaram Joana D'Arc, Galilleu, Giordano Bruno, condenam o Protestantismo, a Maçonaria, o Budismo e condenaram até mesmo Dom Hélder Câmara, um dos nomes mais ilustres do seu próprio seio. Mas esta não é a realidade de todos os católicos, inclusive do falecido Papa João Paulo II. No Brasil vocês podem consultar o Padre Médium, Miguel Fernandes Martins, de Brasília, cujo telefone é (61) 35... ou 9975-4907, o Bispo Médium Dom Ismael Nunes, de Santa Catarina, telefone (48) 33... e 9960-9699, o Arcebispo de João Pessoa na Paraíba, Dom Aldo de Cillo Pagotto, o Deputado Federal Padre José Linhares, homem de 8 cursos superiores, poliglota e Presidente Mundial da Associação das Santas Casas de Misericórdia, além de quase duzentos outros, vários bispos e mais de mil freiras que eu tenho como amigos em minha relação, em contatos constantes.

A maioria dos padres e bispos não condena o Espiritismo.

A sua relação com a Ciência

Faz parte da formação espírita a seguinte recomendação: "Se algum dia a Ciência comprovar que o Espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da Ciência".

Mas isto não quer dizer que o que afirmam determinadas criaturas, como o padre Quevedo, que se apresenta presunçosamente como cientista, deva ser entendido como Ciência, já que ele não é unanimidade e nem ao menos aceito pela maioria dos cientistas coisa nenhuma. Ele é padre, nada mais do que padre, ainda mais jesuíta, com um tipo de postura que não é aceita nem pela maioria do seio católico, quanto mais pelo científico.

Alguém da imprensa já viu o padre Quevedo ser convidado para grandes eventos católicos no Brasil? como, por exemplo, as visitas dos Papas, as celebrações de Aparecida, do Círio de Nazaré, etc? Quantos católicos já o viram, pelo menos, de batina? Por que a imprensa o valoriza tanto?

Há homens, que se dizem cientistas, que chegam ao ridículo e a um nível de presunção a tal ponto de afirmarem que não há vida fora da Terra, quando o bom senso sabe que é impossível, ainda, ao homem, de qualquer nível de estudo, saber o que há e o que não há em todos os planetas e estrelas das mais de 200 bilhões de galáxias conhecidas.

Não é à pseudo-ciência ou a opiniões pessoais de um ou outro elemento, que se diz de Ciência, que o Espiritismo se submete, com esta recomendação. Ele se submete é à Ciência, como um todo, em descobertas inquestionáveis.

Até agora a Ciência não conseguiu apontar e muito menos comprovar erro em um ensinamento espírita, sequer.

Se alguém exige, por exemplo, querer provas por parte dos que afirmam que existe vida fora da Terra; por questão de bom senso deve ter também provas de que não existe. Será que tem?

Medicina e Espiritualidade

Alguns médicos, tradicionalmente, sempre afirmaram que os problemas de saúde das pessoas nada tinham a ver com causas espirituais, qualificando-os simplesmente como crendices. Hoje existe um curso de "Medicina e Espiritualidade", oficial, dentro da USP (Universidade de São Paulo), a maior Universidade do País, onde são estudados estes questionamentos que alguns continuam a dizer que são crendices. Como informação, sugerimos que os jornalistas se interessem em reportar sobre este assunto, sem que vá aqui a menor intenção de querer converter ninguém. Não se trata de questão religiosa, trata-se de questão científica. Para melhor informação, as aulas deste curso podem ser vistas no site: www.redevisao.net. O telefone da "Pineal Mind", onde são ministradas as aulas, é (11) 3209-5531 e o e-mail é faleconosco@uniespirito.com.bronde poderão ser obtidas maiores informações sobre o curso. Toda sexta-feira, às 19 horas, tem aula ao vivo, pelo citado site, numa WebTv e algumas aulas passadas podem ser vistas no mesmo site a qualquer hora.

Federação Espírita Brasileira não é Vaticano do Espiritismo

Algumas pessoas a vêem praticamente assim, mas a sua finalidade nada tem a ver com isto. Ela é apenas uma casa que se propõe a coordenar e sugerir o movimento espírita brasileiro e não o mundial, quanto a melhor conduta espírita, com casas federativas constituídas em cada Estado, sem impor nada, sem determinar coisa alguma, já que todas têm autonomia total em todos os sentidos, obviamente dentro dos mesmos postulados que são únicos, porque o Espiritismo é único e não tem subdivisões. A instituição que exerce o mesmo papel, em nível mundial, é o Conselho Espírita Internacional, que também não é Vaticano Espírita e não determina, proíbe, obriga nem impõe nada a ninguém.

Sobre a opção religiosa de alguns espíritas

Não há nada contra, inclusive há definições do Espiritismo em um tríplice aspecto: Filosofia, Ciência e Religião. Muitos espíritas se apegam mais ao aspecto religioso, é natural a prece, no Centro Espírita e nas próprias casas dos espíritas, há reconhecimento da eficácia da prece, não apenas pelos espíritas mas até mesmo pela Ciência, existe a recomendação da prática da Caridade, Perdão, Indulgência, Humildade, Fraternidade, Beneficência, Tolerância e todos esses valores elevados que são sugeridos aos homens e que, naturalmente, as pessoas vinculam com valores religiosos. Mas é bom que se entenda que as pessoas poder ser honestas, dignas, corretas, caridosas, humildes, etc... fora do ambiente religioso, já que moralidade não tem necessariamente a ver com religião. Existem, inclusive, ateus providos dos mais elevados níveis de moralidade e decência.

alamar@redevisao.net

www.redevisao.net

www.alamar.biz

2 comentários:

Jackeline Depp disse...

Ual!!!Que explicações lindas...Li tudinho!!!Sou espírita há...na verdade, tentando ser espírita, há 5 anos.Mas há necessidade de uma total reforma interior e passar uma borracha em "velhos" tabus... E isso é muito difícil de ser aplicado em nosso dia-a-dia, principalmente no meio familiar, não é mesmo? risos
Estudo e não somente assisto as palestras...Hoje mesmo, estou voltando de um seminário sobre mediunidade. Foi muitíssimo rico!
Parabéns meninas!!!Quero muito colocar o button do Blog de vcs lá no JDM, mas não achei...Insnif!
Ah, de qual cidade vcs são?
Abração fraternal de paz!
Jackeline
http://johnnydeppmadness.blogspot.com/

Jackeline Depp disse...

Olá querida Lu, dei uma pincelada no seu site.Bem interessante...Outra horinha dou uma "olhadela" melhor. risos
Minha mãe é celíaca e como vi uma parceria com nutricionistas, um dia, como sugestão, poderia pôr lá uma matéria sobre a alergia ao glúten...
Tenho um post dedicado à isso. Inclusive do lado direito faço propaganda de uma nutricionista que desenvolveu produtos deliciosos para essa e outras alergias. Dá uma olhadinha lá, ok?
Abração de fé!!!
Jackie-Curitiba-PR
http://johnnydeppmadness.blogspot.com/

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