domingo, 22 de novembro de 2009

Relacionamentos... Existe algum manual? Alguma fórmula secreta?

Meus avós diziam que o amor crescia com o passar do tempo, com a convivência e que era como um aprendizado; porém, após atingir uma idade em que tinha discernimento para compreender mais sobre o tema, passei por algumas experiências que contrariam as histórias contadas por eles.

No entanto... se eu fosse ter por base o relacionamento conturbado dos meus pais, desistiria até de pensar em me relacionar com alguém, pois tive uma infância prejuducada, vivendo em um ambiente de discussões e problemas sérios que hoje minha mãe e eu felizmente superamos.

Aprendemos que, apesar de tudo que passamos juntas... porque as lágrimas eram quase sempre compartilhadas -é claro que muitas vezes eu chorava sem que ela percebesse, na tentativa de não deixar transparecer fraqueza-, que o amor não cresce... muito pelo contrário!

Descobri, sim, que o amor pode nascer de um simples olhar e até de um tímido sorriso, e que a sua principal função é a de nos dar força para superar todas as infinitas dificuldades que um relacionamento irá trazer. Já li inúmeros livros e artigos sobre como se relacionar bem, como conviver melhor, como evitar entraves, mas, sinceramente, nenhum deles me trouxe a resposta para as tantas perguntas que ainda tenho...

Uma amiga me disse, em certa ocasião, que os atritos são muitas vezes necessários a um casal, para que ambos possam lapidar suas arestas. Um outro amigo comentou que não é mais tempo de ter conflitos e que podemos, sim, viver permanentemente uma relação serena e saudável. Meus professores da faculdade de direito já diziam, sem exceção, que onde houver um ser humano sozinho, haverá a solidão e onde houver dois ou mais, será inevitável o conflito.

Não posso dizer que todos estejam certos ou errados, sinto que somos seres inteligentes, mas que, infelizmente, ainda estamos longe do verdadeiro conceito de como nos relacionar perfeitamente; acredito que não haja ainda resposta quanto ao verdadeiro significado da palavra AMOR; muitos falam da unicidade, de unidade, de amor incondicional, mas não acredito que conseguiram realmente incorporar o verdadeiro conceito ou até mesmo vivenciá-lo.

Pelas poucas experiências pessoais e muitos exemplos e relatos de amigos, o amor que cada um sente, muitas vezes não é forte o suficiente para tolerar, aceitar e perdoar os parceiros de convivência. O conflito pode ser gerado por atitudes impensadas ou até propositais pois, às vezes, muitos acabam interpretando a tentativa de acertar alguma postura de apoio de maneira adversa, e aquilo que poderia ter dado certo -pois foi fruto de carinho- é recebido com desconfiança, gerando dessa forma energia negativa.

Muitos dizem que é essencial o diálogo, mas também não vejo tanto assim sua utilidade, sendo que a interpretação é unilateral, ou seja, cada um tem a sua, como acontece em uma determinada leitura ou diálogo, onde a compreensão é única para cada ser.

Por mais bem intencionados que sejamos, é complicado conseguir a comunicação perfeita, porque, em minha opinião, a dificuldade é estarmos todos na mesma sintonia. Mesmo esse artigo, para alguns não terá o resultado esperado e será quase impossível compreendê-lo em sua essência. Haverá a identificação em alguns parágrafos e outros aspectos não serão vistos da forma que eu pretendia passar.

Portanto, o relacionamento é algo além do que imaginamos conhecer; o conceito de amor é mais amplo, pois somente poucos conseguem encontrar...

É tudo bem complexo e dificulta nossos caminhos emocionais, mas faz parte de nossa evolução como seres humanos. É preciso passar por cada experiência do cotidiano, como se fosse um quebra-cabeça, porque neste dia-a-dia poderá estar a fórmula ou até mesmo o manual para um relacionamento estável, mais tolerante e duradouro.

Hoje, acredito que só o amor não basta; é preciso termos mais paciência, sabedoria e perseverança para encarar de cabeça erguida todos os obstáculos, sejam eles amorosos, familiares, profissionais e até no convívio com os amigos e vizinhos.

Precisamos ultrapassar barreiras, tendo consciência de que, mais cedo ou mais tarde, iremos nos envolver com pessoas, cujos defeitos e qualidades têm que ser respeitados e sempre lembrando que ninguém é capaz de mudar ninguém. A mudança ocorrerá pelo desejo de cada um e deve ser buscada incansavelmente, pois nela encontraremos a verdadeira felicidade!

3 comentários:

Fênix disse...

Realmente viver junto não é fácil, aprendemos a ceder e a ser menos egoístas, e também aprendemos o quanto podemos ser pacientes e ir sempre um pouco além.
Sinceramente, não sei qual é o segredo, mas como já vou fazer 20 anos casada, acho que descobri algo. rsrs
Beijos meninas.

Anônimo disse...

Muitooo bom o artigo.
Viver junto é muito dificil.
Estou passando ultimamente, p/ ser mais precisa essas duas semanas por uma crise feia.

Justamente por ter crescido e descoberto que só o amor não basta para conviver com alguém. Precisa realmente de muito mais.

beijos meninas!

Entendendo o Espiritismo disse...

Bravissimooooooooo!!!!!!Luuuuuu que lindo este artigo adorei, pelo menos tocou o meu coração profundamente.
Ah, como gostaria que as pessoas tivessem esse monento o de ajudar e não mudar as pessoas.As pessoas não mudam, somos nós é que mudamos através da reforma intima dentro de nós.Uma vez eu estava ouvindo a radio e uma moça ligou desesperada dizendo horrores do marido e etc, etc, etc,....O locutor virou para ela e disse: "É você que precisa mudar, você precisa mudar seu jeito de penssar, de agir e de sentir, e não o outro, o outro esta na dele, você não pode força-lo a mudar só porque você quer!!!".
Nossa, até eu depois chorei quando o locutor da radio, começou a falar com ela, pois o que ele dizia era exatamente a verdade assim como você escreveu aqui.
Parabéns Lu, assim ajuda essas almas sofridas a pensarem.
Um Beijo

Postar um comentário

 

Design by Denny