O caráter faz com que o homem alcance o verdadeiro sentido da vida, compreendendo que o luxo, a riqueza material, a vaidade, a inveja, o ódio, a corrupção e o vício, guardam estreita relação entre si.
A covardia moral se manifesta através do homem fraco, debilitando-lhe o trabalho. Os desonestos, os bajuladores, os falsos, os mentirosos, procuram o poder — seja ele qual for —, para alcançar satisfação própria. Não contentes em bajular os ricos, agora se voltaram para adular os pobres, procurando alcançar por todos os meios, fins estritamente pessoais, desconsiderando a construção social e a dignidade humana.
O povo, transformado em massa de manobra, crê que exerce poder político — porém, não faz juízo crítico de que simplesmente segue condutores sem escrúpulos.
Os políticos, completamente sem prontidão, descaracterizados pelos desvios de comportamento, governados pelo medo de perder o poder passaram a acariciar a incompetência e a promover-lhe elogio. Mesmo sabendo que corrompem o caráter nacional, fingem ouvir as aspirações do povo, fazendo-lhe discursos para agradar. O fim é sempre obter favores. Preferem mostrar-se injustos, sem princípios, a serem impopulares. São heróis medíocres.
O homem de caráter mantém o domínio de sua vontade em tudo o que faz, procurando educar pelo exemplo. Tentando ser justo, é resoluto e magnânimo, Sabe que liberdade é a conquista de todos. Exerce a autoridade sem autoritarismo, tendo consciência de que somente se constrói a Nação pelo trabalho digno e diário de cada cidadão.
Conclamo os homens decentes, cônscios de suas responsabilidades, a vencer o desânimo. E que moralizem toda a sua força, seu valor, seu conhecimento, sua certeza de que o bem vence o mal, para nadarem contra a corrente— pois quem flutua sem reagir é peixe morto.
A consciência da dignidade humana não permite condescendência servil em troca de popularidade. É lastimável que nos últimos tempos tenha crescido na Nação a tendência ao rebaixamento moral, à falta de ética, ao aviltamento de caráter dos chamados homens públicos. As consciências ficaram mais elásticas e todos se julgam salvadores da Pátria, prontos a ocupar os altos cargos do Estado.
São homens vaidosos que não sabem o quanto se endividam espiritualmente pela má administração da coisa pública. Têm uma opinião para os comícios e outra para o desempenho do cargo. Os interesses individuais e dos partidos políticos promovem casuísmos, tornando-se maiores do que a pessoa humana.
Já não se atacam as idéias e os atos, mas os homens. A mentira, a falta de ética, a incompetência e a hipocrisia, desgraçadamente, não aparecem mais como elementos vergonhosos, indignos de se arrogar ao homem público.
A popularidade, como é obtida nestes dias, não é de maneira nenhuma presunção positiva em favor daquele que a consegue, tamanho é o descaso e a ausência de prontidão para o exercício do serviço à Pátria.
A procura perseverante da verdade torna verdadeiro o homem. Portanto, o homem de caráter é aquele que tem a coragem moral de afirmar a verdade, mesmo que isso o deixe impopular.
A coragem, unida à energia, à fé em Deus e à permanência no bem, triunfa sobre obstáculos aparentemente invencíveis.
Caros irmãos, esta mensagem não deve representar desesperança, mas estímulo para uma vida absolutamente voltada ao serviço ao próximo e à dignidade humana.
Democracia não é uma abstração nem tampouco simples definição apresentada pela ciência política. Democracia é ação consciente de cidadãos que constroem o cotidiano e o futuro com responsabilidade.
(Mensagem extraída do livro "Amor: a linguagem silenciosa da vida. Pelo espírito de Leocádio José Correia, através do médium Maury Rodrigues da Cruz, Editora SBEE, 1997).
terça-feira, 20 de abril de 2010
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Um comentário:
Adorei o blog de vocês. Parabéns pela iniciativa. Bjos.
www.adoteoamor.blogspot.com
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